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Familia Filhos Da Noite



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Contos Vampiricos

CICLO IMORTAL




Finalizando o meu eterno ciclo
Vejo o que não posso mais ter
Não mais amo, não mais sinto
Vivo a morte em meu sofrer

A vida eu sugo
Buscando o prazer no elixir dessa mundana vida
O mal eu sou
Ao fugir da paz que almejo

Os traços eu confundo nessa escuridão
O que me cerca são apenas sombras, e morte
Os dias se passaram e eu nunca mereci o fim
O meu tempo se foi e todos os pensamentos se anularam
Amando, eu descobri que somente eu poderia me criar
E eternamente me recriar após um simples fim

Corpo leve que possuo
Peso que tenho que carregar
Minha alma está condenada
E o meu fim eu vivo a buscar

Fui o mais belo imortal
Sempre existi consciente em mim
Lágrimas de sangue dos meus olhos rolaram
Quando eu criei o meu fim...
Me recriei em mim buscando um novo fim
Que nunca tive, mesmo criando uma prole pra mim
Da morte surgiu a morte sem nunca se ter um fim!




LE VAMPIRE

Toi que, comme un coup de coufeau,
Dans mon ur plaintif es entrée,
Toi Qui, fort comme un troupeau
De démons, vins, folle et parée

De mon esprit humilié
Faire ton lit et ton domaine;

- Infâme à Qui je suis lié
Comme le forçat à la chaîne,

Comme au jeu joueur têtu,
Comme à la bouteille l'ivrogne,
Comme aux vermines la charogne,
- Maudite, maudite sois-tu!

J'ai prié le glaive rapide
De conquérir ma liberté,
Et j'ai dit au poison perfide
De secourir ma lâcheté.

Hélas! Le poison et le glaive
M'ont pris en dédain et m'ont dit:
"Tu in'es pas digne qu'on t'enlève
A ton esclavage maudit,

Imbécile! - de son empire
Si nos efforts te délivraient,
Tes baisers ressusciteraient
Le cadavre de ton vampire!"

O VAMPIRO

Tu que, como uma punhalada,
Em meu coração penetraste,
Tu que, qual furiosa manada
De demônios, ardente, ousaste,

De meu espírito humilhado,
Fazer teu leito e possessão
- Infame à qual estou atado
Como o galé ao seu grilhão

Como ao baralho o jogador,
Como à carniça o parasita,
Como à garrafa o bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao veneno, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.

Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos ma disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque à escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!

Charles Baudelaire


CRUZES E ESPADA

Estou numa noite fria, noite negra,
sei que preciso me alimentar,
e enquanto caço, e ouço os gritos,
tento beber sem nunca pensar

Pesadelos enquanto durmo,
com as pessoas que já matei,
em nome de minha fome, o sangue.
Parar? Não acham que eu já não tentei?

Cruzes e espadas, esperando para nos matar,
em nome de um Deus Ebreu, que morreu para nos salvar,
não sei se choro, não sei se grito,
eu já não sei no que acredito,
apenas fico aqui esperando,
imerso nessa escuridão.

E eu espreitando, nessa noite escura,
que quanto mais fria, mais perdura,
esperando nessa terra insana,
caçando de noite como um animal,
esperando o fim dessa guerra,
que perdura entre o bem e o mal.

Estou, numa noite fria, noite negra,
um manto que por mais que sujo,
ele me aconchega,
pois sou o filho das trevas,
e ela é uma mãe que não me renega.

Lutando em meio desta não- vida,
esperando alguém para me salvar,
talvez a cruz e a espada,
possam com minha dor acabar.

Amaldiçôo minha existência,
maldita minha vida Imortal,
não, não peço a sua clemência,
apenas aguardo-a até o final.

DOWN IN THE SHADOWS.


Down in the shadows,
Something shifts,
Rope of roses
Broken gifts.
I took your pain
For a twisted dream,
I took your name
For a ciphered scream
But someone said,
"Don't be so sure-
'Coz The Vampire man
Is at your door."
Down from the mountain,
Jumping ship
He's a little bit more
Than a Freudian slip.
Rope of roses,
Vision shifts
Time to come in and
Claim those gifts.




ABAIXO NAS SOMBRAS.

Abaixo, nas sombras,
algo troca,
Corda de rosas
Presentes quebrados.
Eu entendi sua dor
Como um sonho trançado,
Eu entendi seu nome
Como um grito calculado
Mas alguém disse,
"Não esteja tão seguro -
Porque o Homem Vampiro
Está a sua porta".
Abaixo da Montanha,
Saltando do navio
Ele é um pouco mais
Que um deslize Freudiano.
Corda de rosas,
Trocas de visão
Tempo para entrar e
Reivindicar esses presentes.

Clare Emmett
Tradução: Léa Santana


GRITOS

Na névoa do anoitecer
As presenças da noite se aproximam...
Em sombras de vento
Em risadas ecoando entre os braços das árvores

A morte espalha o seu cheiro no ar,
E gritos;
Gritos invadem as minhas veias...
Eu, um ser frio que vive do sangue para o sangue,
Que vive da dor para a dor...

Um monstro sou;
Um monstro que chora a perda da vida
E vive do inevitável,
Por não ser a dor que causo
Nem o prazer que crio.

Nem o prazer que crio.

Na escuridão permaneço
Vivendo nesse escuro medo
Todos estão a me observar
O amor que sinto me protege por nada me amar
O medo se transforma em ódio
Para que eu descubra o que tenho que buscar...

Que mais posso esperar de tudo isso?
Das lágrimas busco o sorriso...
Do peso em meu coração busco a paz
O simples beijo que dou,
Desperta meu imortal desejo do fatal beijo dar
E nesse fim de mais uma vida
O que terei eu de amar?

Poet & Mekare



POEMA - RODOLFO VILLORDO

tremere_loko@hotmail.com


Não sei mais o que é dor
e o que é amor
pois hoje estou em torpor
não sinto mais o cheiro daquela flor
já que a muito fui abracado por meu senhor
agora vejo surgir uma nova flor
carregada de odio e rancor
a prole se levantou contra seu senhor...
so estou em torpor
pra não sentir essa dor
que antes era amor
prole minha, como se justificar ao nosso senhor?
Cain nosso grande criador
que ja passou uma vez por essa dor
e jurou que na proxima sairia de seu torpor
para julgar e matar cada traidor.



SERES DA NOITE - angelmumiah@hotmail.com

Vives na sombra da noite

Escondido de toda a luz

Que possa quebrar o teu encanto

Seduzes as tuas vítimas

Com o teu olhar poderoso

Com esse teu jeito maldoso

Derretes o gelo cortante da noite

Com as tuas palavras ardentes

Enceideias nas suas veias

Toda a maldade e pecado

Que possa existir dentro delas

Apagas de vez o sorriso inocente

Para dar lugar a alguém como tu

Estranho, Sedutor, Maquiavélico

Alguém que domina o mundo

Apenas no silêncio da noite

Alguém que conquista

o mais puro coração

Com os teus dentes afiados

Tiras a vida humana

mas ofereces vida já morta

Vida que é consumida na noite

E apagada durante a noite

Enganas quem te pede vida imortal

Pois ela só é vida na escuridão das trevas....



NA PELE DE UMA VAMPIRA...



Quando a noite vem só e fria

eu fico a imaginar o infinito

desta minha curta vida

que promete ser distante

a fome por um ser fresco

apodera-se da minha mente

mas a pena de tirar uma vida

instala-se neste meu coração ainda quente

a necessidade choca com a ética

a solidão mórbida submerge

tenho nas minhas mãos

o poder de dar vida eterna

mas sera justo dar vida já morta?

a eternidade é sedutora

mas o poder de sentir amor é vida

E esta vida insanguina que levo é já morte

Muitos são aqueles que me pedem vida

mas que vida posso eu dar se já sou cinza?

O desejo de ter alguém para partilhar o mundo

é grande , forte mas egoísta

Estas noites de cinza fúnebre

que assombram e seduzem olhares curiosos

saseiam meu ser com sede de vida fresca

mas a vitima prefeita ainda não encontrei

alguém com o mesmo sentimento atroz

que tenha sede de infinito .....

Tenho a eternidade para o procurar

mas tenho a incerteza se ele existerá....


Uma nova noite (Na visao da Vitima)

Uma nova noite (Na visao da Vitima)

Era uma pessoa sozinha. Gostava de ser.
Tinha amigos pela internet, os q conheciam eram poucos.
"Lord of the darkness", seu apelido, no começo nao queria falar seu nome, mas ao passar do tempo ele me revelou, seu nome é André. Logo pensei que era um homem bonito e ao mesmo tempo misterioso, coisa q já haiva percebido!
Em uma de nossas conversas, me surpreendi. Ele disse: "-Estou apaixonado por vc".
Como disse fiquei surpresa, nao que ninguem se apaixone por mim, mas fiquei surpresa.
No momento que disse que queria conhece-lo, ele saiu da sala de bate-papo.
Fiquei esperando mas ele nao voltou. quando comecei a ficar triste, ele apareceu e para a minha alegria disse que tudo bem.
Como nossos gostos eram parecidos, disse a ele que gostaria de ve-lo no cemiterio. (Engraçado nunca me encontrei com ninguém lá, mas algo me falava que seria legal).
-Será muito bom, podemos conversar sem ninguem nos encomodar- disse ele.
Estava chegando no cemiterio, pensando me dei conta da burrada que cometi, afinal nao sei como ele é ou o que ele é. Isso me apavorava, mas o pavor foi so se transformando em um tipo de atração, excitação, nao sei.
O cemiterio estava vazio, fiquei mais preocupada, afinal sempre havia goticos nele.
Esse cemiterio é o mais lindo do bairro, com sua estrutura gotica, tumulos magnificos o recheava.
Na curva de um dos tumulos vi um rapaz de costas e na sombra. Como estava sentado, percebi que usava um sobretudo e um cuturno, seu cabelo era arrepiado, pois a luz da lua batia somente em sua cabeça.
Cheguei mais perto e logo que ia soltar as primeiras palavras, ele se virou. Me surpreendi outra vez.
Vi um homem lindo, branco, cabelos negros meio molhados e arrepiado. Um pouco mais alto que eu, em plena forma fisica. Usava somente um anel de prata no dedao e uma cruz vampirica.
Aquela sensaçao de pavor sumiu e o meu desejo por aquele homem aumentou. (Nunca fui assim, nem quando amava alguem).
Me senti vulgar, mas antes que eu pudesse me sentir totalmente vulgar, ele se aproximou e com uma voz bela ele disse:
-Olá! Como vai?
Nao conseguia raciocinar, parecia uma adolescente em seu primeiro encontro. Mas disse: (-Estou bem e vc?). Me senti infantil, mas esperei a resposta.
-Nao estou. Voce nao me disse que era tao bela.
Percebi que meu rosto havia ficado vermelho, mas fui gentil e disse que tambem o achei belo.
Ficamos sem assunto, mas ele era perfeito, logo arrumou uma conversa. Mas ela nao durou muito.
O desejava, queria roubar-lhe um beijo e quando pensei nisso. Sua mao tocou minha face que logo recebeu um beijo.
O beijo em meu rosto foi tao ingenuo porem tao sensual, que virei e nos beijamos.
Seus braços me abraçava com tanta força que me senti a pessoa mais bem protegida.
O prazer que sentia era tao grande que quando dei por mim so ouvi um murmurio em meu ouvido e logo uma dor indescritivel se possou do meu corpo.
Senti algo escorrer em meu pescoço.
Nao queria pensar em nada, pois o medo era enorme. Desfaleci e quando acordei, meu amado chorava.
A dor retornou e com ela uma onda fria se aposava do meu corpo. Comecei a tremer e ele parecia que lia meus pensamentos, logo me deu a resposta:
-Em seu ouvido disse que te amo e pedi desculpas, sou um vampiro e chorei, pois sua beleza me atraiu. Seu corpo me desejava, e eu nao aguentei. Agora vc tem dois caminhos, basta vc escolher.
Queria gritar, sentia odio. Sabia que os dois eram terriveis, mas eu o desejei. Resolvi aceitar a minha eternidade.
Ele se feriu no pulso e vi o sangue caindo; deu para eu beber.
Senti nojo mais com o tempo nao queria parar de beber. Ele tirou o pulso e eu cai no primeiro tumulo.
Meus sentidos se alteraram.
Olhava para baixo, tinha medo de saber como eu estava e como ele estava.
Como sempre ele leu meu pensamento e disse:
-Pode olhar. Voce continua bela, na verdade mais bela. Agora para mim. Isso fica ao seu criterio.
Como estava de frente para ele, me virei de costas com o olhar fixo no chao.
Me levantei e pensei "vampiros nao refletem!". Fiquei triste, mas me virei e encarei Andre. Comecei a andar e ele me olhava, cheguei proximo dele, parei e o fitei.
Ele estendeu a mao e me tocou no rosto.
Tirei sua mao do meu rosto e sem dizer nada, o deixei.

Uma nova noite (Na visao do Vampiro)

Uma nova noite (Na visao do Vampiro)

Sou um vampiro, um caçador.
Vivo sozinho pois nao gosto de me envolver com minhas vitimas e de viver com outros vampiros.
Como o mundo está muito avançado, nao preciso vagar a noite toda atras de minhas vitimas. As acho pela Internet, encontro muitas garotas "desiludidas" com a vida.
E assim foi com Valkiria, seu apelido era "Black Angel", tentava ser uma mulher depressiva e revoltada, algumas conversas, percebia sua ternura.
Em toda a minha eternidade, nunca me senti tao atraido, precisava acabar com ela, pois ela iria acabar comigo. Como nao vi nenhuma foto, era mais facil, ja que as mais belas eu matei.
Ela, para minha surpresa pediu para nos encontrarmos no cemiterio. (-Um ponto para mim!).
Estava tao nervoso com o encontro que matei todos os goticos que la estavam. (-Engraçado nunca havia ficado desse jeito).
Senti sua presença e virei.
Fiquei pasmo. Só ela queria ser tao bela. Branca, alta, com um corpo atraentemente modelado que caía perfeitamente no vestido preto, com um leve decote que mostrava seus seios volumosos. Um rosto de mulher, mas ao mesmo tempo de anjo. Seus cabelos cor de fogo totalmente enrolados que terminavam perto da cintura.
Tudo isso me enlouqueceu. Suas joias nao tinham tanto brilho quanto seus olhos azuis cor do ceu. Aquele azul que deixei de ver há muito tempo, mas que matei a vontade ao olhar para eles.
Li em seus pensamentos o quanto ela me queria.
Me apaixonei por ela e estava tao louco que pensava em deixa-la viva e ser seu "amigo".
Comecei uma conversa para esquecer que ela era a minha vitima.
Seus pensamentos eram tao sensuais que nao conseguia me conter e beijei seu rosto.
Sua lingua ávida me enlouquecia. Seus braços eram quentes; sua pele era quente. Esqueci que era vampiro.
Mas seus pensamentos nao paravam e um deles mudou meus pensamentos.
"-Me possua! Te quero tanto!"
Disse em seu ouvido "Te amo", mas acho que ela nao ouviu, e nisso meu instinto voltou.
A unica coisa que consegui dizer foi "desculpa".
O desejo dela por mim foi tao forte que nem sentiu minha mordida, mas acabou desfalecendo.
Comecei a chorar. Nao queria ter feito isto, era amor; ainda é!
Ela voltou em si e me viu chorando.
"-Oque esta acontecendo? Oque voce sussurrou em meu ouvido? Fale!" foi seu pensamento.
Quando contei, ela me odiou.
Em sua mente so havia gritos, nada mais.
Quando fui possuido, nunca fiquei triste ou com odio do meu criador, mas vendo o seu desespero, queria poder voltar com o tempo. Queria nao ser um vampiro.
Ela conhecia vampirismo, entao nao precisei explicar muito.
Decidi nao ler seus pensamentos, tinha que dar pelo menos isso a minha amada.
Ela pediu a eternidade, e quando mordi meu pulso, pensei que seria bom te-la como minha por toda a eternidade.
Ela nao gostou muito do sangue, mas logo depois nao parava de bebe-lo.
Como sempre acontece, ela se virou e se apoiou no tumulo. Mas a raiva dela era tao grande que nao sentiu a maioria das sensaçoes "pos-abraço".
Meus pensamentos eram de alegria, ela seria minha companheira. Caçariamos juntos e depois de uma bela caçada, fariamos amor.
Amor! Sim, amor. Eu poderia dar isso à ela.
Agora seus sentidos eram maiores e ela com o tempo aprendera a usa-los. Eu ajudarei!
"-Como estou? Como vou olha-lo?"- pensou ela.
A respondi, e senti que isso nao lhe agradava. Ela sabia da minha leitura de pensamentos e resolvi nunca mais fazer isso com ela.
Ela se virou de costas para mim, e quando ficou de pe, senti sua tristeza, mas nao li oque pensava.
Demorou um pouco e ela se virou para mim.
Maravilhosa! Realmente, estava.
Ela veio se aproximando.
Minha alegria voltou e peguei em seu rosto para beija-la. Mas ela com toda calma, retirou minha mao, levou ate meu corpo e sem nenhuma palavra ou gesto, foi embora.
Fiquei ali ate o sol sair, chorando.
E quando ele chegava, sai correndo.
Agora, em meu esconderijo. Sinto sua falta.

A surpresa de Valkiria

Depois de tres dias, acordei com uma fome muito grande. A comida na geladeira me dava nojo.
Me arrumei e pensei em matar a primeira pessoa que aparecesse, nao queria ver o rosto e nem saber do passado.
Encontrei uma garota no ponto de onibus, estava sozinha, parecia estar esperando o namorado ou talvez amigas.
Fui me aproximando dela, mas toda vez que me aproximava sentia sua alegria, um espirito jovem, querendo viver. Uma energia muito boa se apossou do meu corpo e quando cheguei perto dela so consegui perguntar que horas eram.
Andei por muito tempo e me sentia muito fraca e quando virei a esquina, um rapaz que parecia estar bebado começou a me enfernizar.
Ele estava com uns amigos, que como estavam bebados, achavam aquilo maravilhoso. Ele teve a audácia de me puxar pelo braço e me dar um beijo, mas nao pegou na boca.
-Voce quer mesmo a minha companhia?- eu disse.
-Sim, gata. Onde podemos ir?- perguntou ele.
-Vem comigo.
Ele me deixou muito furiosa. Nao pensei duas vezes.
Chegamos num beco que estava so com a luz da lua batendo no canto em que estávamos.
Ele me puxou e quando eu virei, estava totalmente modificada pelo espanto que seu rosto me mostrou.
Nao sabia que ao me transformar em vampira, minha aparencia se modificava na hora do ataque.
Ele ficou tao apavorado que começou a se debater, mas mesmo ele sendo maior que eu, minha força perto da dele era maior.
Nao sei como, mas o abracei e com isso o mordi.
Suguei todo seu sangue e ele morreu.
Deixei o corpo ali.
Estava alimentada. Mas por quanto tempo?
Preciso de ter uma maneira e selecionar minhas vitimas. Acho que irei matar aqueles que fazem o mal.
Saindo do beco, ouço passos atras de mim.
-Quem esta ai?- perguntei.
Fiquei com medo, vai que a pessoa viu tudo.
-Eu vi sim, mas saiba uma coisa. Voce é o mal!- o estanho me disse.
Procurei por todos os cantos e quando o achei, surpresa, meu criador me seguiu!

Reencontro

-Quanto tempo esta me seguindo?- disse Valkiria.
-Porque isto te interessa? Nao vai me dar oi?- disse Andre.
-Pare com isso! É uma merda esta vida.
-Nao venha me dizer que a culpa é só minha- ele ria incontrolavelmente.
-Anda! Quanto tempo esta me seguindo?
-Estava caminhando e vi uma vampirinha despreparada atacando um pobre bebado rapaz. E resolvi assistir.
Abaixei a cabeça. Sabia o quanto ele estava certo.
-Val! Ops! Posso te chamar assim? Bom, seja minha. Te ensinarei tudo.
-Nao preciso da sua ajuda!
-Mesmo? Irá passar fome so pq nao consegue atacar alguem e quando o faz, tem mais medo doque a propria vitima?
Ele estava me deixando sem graça. Mas eu sabia que esse medo iria acabar.
-Isso passa! E eu nao serei má com quem nao tem culpa pela minha morte!
-Que lindo! Uma vampira com alma boa. Mas isso acaba ate ficar com fome.
-Chega, nao quero mais te ver, para de me seguir ou darei um jeito para te matar.
-Como queira! Mas se precisar de qualquer coisa, estarei no cemiterio. Lá é meu lar!
Ele disse isso e se virou de costas para mim e foi embora. Mas depois de alguns passos ele disse:
-A proposito, esta linda com esse vestido vermelho!- seguiu andando.
Fiquei ali parada, pensando se talvez nao fosse melhor ficar perto dele...

O Amigo

Depois de conversar com o André, Valkiria resolveu voltar para casa, onde se deparrou com alguns carros de policia enfrente a sua casa e esta dentro da sua casa.
Resolveu entrar na igreja já que esta, estava aberta sempre no porao.
O dia nao demorou para chegar e ela dormiu um sono calmo e profundo.
Logo tambem chegou sua amiga e protetora; a noite!
Decidiu ligar para um de seus amigos que como ela, conhecia sobre magias e os misterios da vida.
-Alo!- disse ela se arrependendo de ter ligado.
-Quem é?- uma voz grossa, porem bonita perguntou.
Imediatamente ela percebeu que era seu amigo.
-Roberto! É a Valkiria, lembra de mim?
-Claro! Como poderia esquecer de vc; Mas como vc esta? Onde esta? Na sua casa ninguem atende o telefone.
-Roberto. Posso confiar em vc? Estou com um grande problema e nao sei em quem confiar, e pensei que vc...-ela falava, na verdade gritava de nervoso e dizia as palavras atropeladamente.
-Calma!-Interrompeu ele -É claro que pode confiar em mim. Pode vim no meu apartamento agora, acho melhor te ver!
-Voce me da sua palavra que me ajudará?
-E quando eu nao te ajudei? Venha logo!
O apartamento dele nao era tao longe, ela saiu correndo ate ele. Mas logo que chegou no predio, ela pensou em desistir. Mas seguiu.
Roberto a esperava na porta do apartamento.
Quando ele tinha 18 anos descobriu quem era seu pai verdadeiro, um empresario que antes de morrer, o incluiu no testamento e depois da sua morte, Roberto foi chamado para ler o testamento com a familia.
Ele nunca havia visto a familia, mas para ele havia uma carta explicando o romance dele com sua mae que ja a muito tempo havia morrido e 20 mil dolares e mais uma cobertura, onde ele mora agora.
Valkiria quando viu o amigo foi logo abraçar. O abraço foi tao acolhedor que quando ela voltou a si, se encontrou sentada no sofa e Roberto ao seu lado.
Val, oque há com vc?- ele perguntou visto que a amiga estava muito abatida.
Quando Roberto conheceu Valkiria os dois se apaixonaram, mas nenhum ate hj nunca falou sobre a paixao.
Valkiria vendo que Roberto (moreno, olhos castanhos, cabelo liso preto, alto, corpo malhado)"Um garoto muito bonito para se apaixonar por mim", era oque ela pensava, e o mesmo pensamento era de Roberto. Ja que Valkiria era mesmo muito bonita.
-Muitas coisas aconteceram comigo e nao aguento mais viver desta maneira.
-Voce nao esta atendendo o telefone? Faz quase um mes que venho sentindo um aperto no coração, esperando por noticias suas.
-Nao estou mais na minha casa.
-Oque! Onde esta?- ele sentiu um arrepio tao gande. Pensou logo que ela estava assim porque esteve em um relacionamento com qualquer idiota e ele a magoou.
-Estou vivendo nos poroes, na verdade estou me escondendo.
-Doque? De quem? Nao entendo. Desde quando sua vida tomou esse rumo?
-Desde que fui me encontrar com o cara da Internet, vc lembra, eu disse a vc!
-Sim- (Entao era verdade, ela foi morar com ele) Desapontado ele perguntou -Foi morar com ele?
-Claro que nao!- Ela deu uma risada.
-Nao entendo. Oque ele te fez?
-Ele é um vampiro!
-Um oque?- ele nao queria acreditar -Voce esta usando drogas?
-Nao! Ele é um VAMPIRO. Me mordeu e agora sou uma tambem -Ela nao deixava ele falar, era sua unica chance -E agora nao posso voltar para casa e acho que meu emprego ja me deu como morta. Estou sem casa e sem amigos...
-Para! Sem amigos nao. Estou aqui! E já tem onde morar. So quero que nao me mate. Se vc quer caçar, o caminho esta livre. Vou cuidar de vc entendeu?
-Claro! Vc sabe que o amo ne? -E so ela sabia agora o quanto isso era verdade.
-Tambem te amo. Se para vc ser feliz e protegida. Vamos embora daqui e seguiremos nossas vidas.
-Como assim?
-Voce pode ter um emprego em outro lugar.
-Nao sei! Isso é uma coisa para se pensar. Mas obrigada pela ajuda. A minha retribuiçao é sua vida. Juro que nao o matarei.
-Tudo bem! Esta com fome?
-Nao. Na verdade quero repousar, estou andando a dias.
-Entao venha, pode dormir na minha cama que eu durmo na sala, ja que meu quarto mesmo de dia nao bate sol. -(Mas se vc quiser, eu nao me importo de dormir com vc) Foi oque ele pensou.
-Obrigada.
-Mas vai ter que me contar como é ser uma vampira.
-Claro!
Deu um beijo em seu rosto e foi dormir.
Os dois precisavam disso. Teriam agora o tempo todo para conversarem.

A Festa

O telefone tocou as 10:00hs, Roberto no sofá ergueu os braços e atendeu - Alô! - A voz ainda rouca.
-É a Cíntia! Aconteceu alguma coisa para voce nao estar aqui?
-Não por que essa preocupação?
-Porque! Hoje é a festa de lançamento da revista masculina com a Stella Fonseca!
-Nossa é mesmo. Bom estou indo já! Tchau! - desligou o telefone e saiu para tomar banho.
Cíntia é a secretária e amiga de Roberto, ela tem 20 anos e é apaixonada por ele mas ele não.
Roberto chegou na casa noturna, da qual ele é dono, seus empregados estavam correndo de um lado para o outro e umas tres pessoas gritando, exigindo rapidez. Ele quase gritou com toda essa bagunça.
Cíntia chegou e já foi entregando papéis para ele assinar. - A "miss sucesso" ligou umas tres vezes para saber se voce estava aqui. - disse ela com um ar de total ironia.
-Estou morrendo de dor de cabeça e mais essa garota atras de mim - Roberto pegou os papéis e saiu resmungando.
-Não adianta resmungar, foi dormir com a "miss" se ferrou meu bem.
-Não enche! Não hoje! - ele gritou no final do corredor.
"Miss sucesso" foi o apelido que Cíntia deu a Stella no dia do ensaio fotográfico que fizeram na casa, Cíntia vendo Stella percebeu que ela daria em cima de Roberto. Mas Cíntia não esperava que ele aceitaria.
Roberto depois de ter feito a parte dele, foi embora se arrumar.
Valkiria acordou as 13:00hs e ficou feliz por ver que seu amigo se preocupou em deixar o apartamento fechado. Agora ela estava se arrumando, pois Roberto tinha ligado e avisado da festa.
Roberto chegou e viu sua amiga semi nua. Tão bonita e tão morta! Morta? Agora que ela parecia mais viva.
-Val? Onde voce está? - perguntou para quebrar a visão.
-Oi Ro! Estou quase pronta.
-Vou tomar banho e vamos.
Roberto entrou no banho, ligou o chuveiro e deixou a água cair no corpo. Sua cabeça e seu corpo estavam "pesados" de tanto cansaço.
Valkiria e Roberto estavam chegando na casa, ela estava com uma calça preta de couro, blusa vermelha e uma bota preta, seu cabelo estava preso e usava uma gargantilha prateada; ele usava um terno preto.
Não estava nenhum pouco com vontade de se arrumar.
Chegaram e a casa já estava lotada, pessoas famosas e pessoas que pagaram muito caro para estarem lá.
Valkiria estava feliz por ver que o amigo estava se saindo bem com sua casa.
-Val, vou ter que te deixar sozinha para ver como anda as coias. Pode ficar a vontade. - disse Roberto, dando-lhe um beijo no rosto.
-Tudo bem.
-Ah! Não mate ninguém aqui dentro!
-Claro que não.
Roberto começou a andar e uma mão o puxou.
-Oi querido! - disse Stella.
-Oi. Como está se sentindo hoje?
-Muito bem! Vem aqui que quero que todos saibam quem é meu namorado.
-Ele está aqui? - disse ele, procurando ironicamente.
-Bobinho! É voce meu namorado!
-Desde quando? Desculpe, mas só estamos saindo.
-Está bem! Então venha que tem algumas pessoas querendo saber quem é o dono da casa.
-Assim é melhor.
Valkiria viu de longe o amigo andando de braços dados com a mulher da revista.
Roberto notou que Valkiria tinha visto e virado o rosto para ele.
Valkiria sentiu alguem pegar em seu braço e quando olhou, era o André.
-Ah não! Oque voce está fazendo aqui? - disse ela.
-Estou me divertindo, mas e voce? É a proxima capa? - disse ele rindo.
-Essa é a casa noturna do meu amigo.
-Mas voce está morta. Será que ele nao percebeu?
-Ele sabe de tudo. Moro com ele agora.
-Nossa. Mas que sorte!
-Bom, foi bom te ver, mas tenho que ir.
-Onde? Está com alguem?
-Nao. Mas com voce que nao quero estar.
-Mesmo que quisesse, nao ficaria. Tenho outros planos para essa noite. Tchau - saiu sem dar tempo de resposta.
Valkiria começava a sentir fome, mas ela nao queria matar ninguem. Resolveu ir embora e acabou matando um rato que passava perto dela.
Roberto chegou no apartamento e nem bem sentou, o telefone tocou. Era Cíntia, desesperada.
-Calma. Fale devagar!
-A Stella foi encontrada morta no banheiro da casa noturna!
-Voce está brincando!
-Não! Vem pra cá o mais rápido!
-Está bem.
Na casa que a pouco estava cheia de carros importados, agora tinha carros de polícia, cercando o local.
Roberto entrou na casa e foi levado à cena do crime, viu Stella jogada em um dos boxes. Não havia sinal de estupro.
Mais tarde a autópsia revelou que nao havia nenhum tipo de droga, apenas uma mordida no pescoço, esta que levou a morte.
Roberto só pensava que agora a bomba ia estourar em suas maos e sabia quem era a culpada de ter matado Stella. - Pober garota. 20 anos...Não tinha dom nenhum. Bom, se mostrar o corpo é dom, então ela tinha...

†Contos Vampíricos†

Decisões
Roberto chega em casa muito cansado, mas a raiva superava o cansaço da mente e do corpo. Era 10:00 e desde a festa, ele nao dormiu. Ele só faltou bater em Valkiria de tanto q a empurrava para acordá-la.
-Calma, que foi? - disse ela nao entendendo.
-Calma?Voce acabou com meu trabalho.
-Por quê?
-Deve ser normal para vc, matar uma pessoa.
-Mas eu nao matei ninguém.
-Entao vc vai me dizer que quem matou a modelo da revista nao foi vc? Me poupe.
-Mas eu nao matei. Que saco!
-Ela foi encontrada com uma mordida no pescoço. Como nao foi vc?
-Oras, nao foi!
-Para! - gritou ele quase batendo nela - "Vai me dizer que eu convidei um outro vampiro para minha festa?
-Se vc convidou eu nao sei, mas havia um outro.
-Voce está louca? Como sabe?
-Ele veio falar comigo, lembra do André, o vampiro que me mordeu? Era ele.
-Como ele pode entrar lá? Nao tinha nenhum André na lista, ainda mais morto.
-Ele foi sem ser convidado. E foi ele quem a matou.
-E como vc prova isso?
-Nao sei! Ele é mais esperto q nós dois juntos. Mas eu vou procurá-lo, pois vc está duvidando de mim.
-Vai mesmo! - saiu do quarto e foi direto dormir.
Valkiria estava triste pois sabia q nao fora ela que matára a mulher e que seria dificil provar.
A noite chegou e Roberto acordou, viu Valkiria se arrumando, foi falar com ela: "- Estou indo a casa e ve se vc arruma oq o seu "amigo" fez. - Saiu sem dar tempo dela falar.
"Ele esta com raiva de mim, se eu nao provar isso, estou perdida" - pensou Valkiria e foi a procura de André.
Na casa noturna, Cintia estava conversando com o advogado de Roberto, que nesse momento entra no escritório.
-Boa noite Dr. Paulo. - disse Roberto ainda cansado.
-Boa noite. Estou vendo q vc nao esta bem.
-Nao mesmo. Como vai ficar minha situação?-disse Roberto chegando ao ponto.
-A sua complicaçao é só com a casa, caso nao tenha sido vc, pois provavelmente as pessoas ficarão com medo desse lugar.
-Oque vc acha q devo fazer?
-Sinceramente, fecharia este lugar e deixaria a policia fazer o trabalho.
-Mas eu preciso trabalhar, e os meus funcionários?
-Mande-os embora. E abra uma nova casa, mas bem longe daqui.
-Farei isso, arrume os papeis o mais rapido.
-Primeiro vc tem que se livrar da acusação e isso nao vai demorar.
-Tudo bem, mas depois quero os papeis.
-Sim. Ah! vai começar a chover jornalistas. Aconselho vc falar so a verdade.
-Farei isso.
Cintia vendo que o advogado deixou o escritorio, foi conversar com Roberto.
-Posso falar com vc? - disse ela.
-Sim. senta aí.
-Quero que voce me pague o salario, pois quero ir embora.
-Por que isso?
-Eu sei q voce vai ter q sair daqui, as pessoas ficarão com medo.
-Mas vc iria trabalhar comigo na outra casa.
-Obrigada mais quero abrir meu escritorio.
-Tudo bem, cuidarei do seu salario.
-Obrigada.
Roberto começou a arrumar os papeis para despedir os empregados, mas ele nao parava de pensar em Valkiria e no que iria fazer.